Casos da Vida Moderna pt. 1

Tristeza, 9 e pouquinho da noite. Supermercado Nacional, hoje controlado (ou manipulado pela Wal-Mart, como preferir), Caixa Rápido n° 1.

A pedido do aniversariante Charles, compramos duas garrafas de Contini para a janta em sua casa. Como eu (ainda) não posso comprar bebidas e sei que os caixas do Nacional são chatos pra caralho, deixei que meu primo passasse. Ele tem quase 20 anos e é do Exército.

A moça prontamente lhe pede a carteira de identidade, e ele fornece a carteira especial do Exército e lalala... Então, a caixa aciona o botão localizado embaixo da caixa registradora.
É, aquele botão que faz um barulho de sinal de colégio, que faz um escândalo, que faz todo o supermercado parar o que está fazendo e olhar para aquela luz vermelha em cima do monitor e, é claro, para os clientes que estão ali. Pensei comigo mesmo: PUTA MERDA.
Mas foi um PUTA MERDA não de AGORA FUDEU e sim de O QUE QUE ELA TÁ FAZENDO?
Arrisquei a perguntar:

- Moça, pra que a senhora acionou o botão?
- Preciso chamar meu superior pra ver se eu posso passar esses produtos pra ele (meu primo)
- Tá, mas ele é maior de idade, não tá vendo aí?.
- É que assim... Aqui na empresa temos uma política de vendas de bebidas alcoolicas diferenciada. Só estamos aptos para vender bebidas alcoolicas para maiores de 27 anos.
- QUE?!

Imediatamente meu lado irônico, que nunca dorme, é ativado e profere a seguinte frase:

- É cara (para meu primo), proibido vender bebidas pra menores de 50 anos.
- Tá loco, o cara tem que vir com aquela carteirinha de isenção de idoso pra poder comprar bebida (risos)

O superior dela chega, olha pra nossa cara e libera a compra. Olha pra cara dela com uma cara de cansado e sai. Pegamos a sacola e indo em direção a porta, digo:

- 27? Daonde isso meu. Certo que ela não sabia fazer os cálculos pra ver se tu era maior de dezoito.

Todos concordam.